Walter Benjamin inicia seu ensaio utilizando uma anedota Russa sobre o chanceler Potemkim. Suas depressões continuam e causavam problemas à todos da corte Russa. O leitor desaviado achará que é um conto de Franz Kafka, mas não é. O universo de senhores, desilusões, salas vazias e papéis desse texto é anterior ao criado por Kafka, e nas palavras de Benjamin essa anedota antecipa o gênero Kafkiano.
Benjamim discursa sobre o universo de Kafka abençoando e mal-dizendo seus seres ignóbeis e poderosos, homens e escravos sem grilhões, com salas lotadas de arquivos, relatórios e suas gigantescas impossibilidades de prática. O mundo de Kafka é de fato um pesadelo, um labirinto, mas é uma parcela do mundo que temos. Define então – Benjamim – , Kafka como um pensador cósmico criador de outros universos, de vidas postas em outros mundos: Uma aldeia subserviente a um Castelo, uma acusação sem lógica, uma colônia penal. Temos um escritório, um teatro, um tribunal, mas onde se passam todos esses episódios geograficamente falando dos personagens de Kafka? A resposta Benjamin nos dá: No mundo de Franz Kafka