Dentre os estudos do psicólogo e psicanalista austríaco Otto Rank, "O duplo" ocupa lugar de destaque, mantendo-se como texto basilar, ainda hoje, para qualquer investigação sobre a duplicidade do Eu na literatura, no cinema ou em outras artes.
Dada sua relevância e também a inexistência de uma edição brasileira em circulação — a última é de 1939 —, colocá-lo novamente ao alcance do leitor de língua portuguesa é uma necessidade, mas também uma justa homenagem ao "grande gênio não reconhecido no círculo de Freud", como o chamou o pioneiro da psicoterapia existencial Rollo May, profundamente influenciado por Rank, assim como Carl Rogers, Paul Goodman, Ernest Becker, Stanislav Grof, entre tantos outros.