Tomiyo Yamada viu a carioca Ilma pela primeira vez na estação de trem de Mogi das Cruzes, numa tarde ensolarada de dezembro de 1940. O que mais lhe chamou atenção foram seus cachos quase loiros, embalados pelo vento. Ilma, por sua vez, tinha paixão por homens de olhos puxados. Mas, recatada e religiosa, não deu muita bola para os olhares instigantes daquele desconhecido bem apessoado. Alguns dias se passaram e eles se reencontraram na Missa do Galo, e, a partir daí, foram muitos encontros e desencontros na pequena cidade do interior de São Paulo. O destino dos dois já havia sido selado e nem mesmo uma tenebrosa guerra foi capaz de arrefecer a paixão que nasceu na plataforma daquela estação. Nem mesmo a morte.
Esta poderia ser a sinopse de um filme de Hollywood, no entanto é a história real do japonês Tomiyo Yamada, um soldado da FEB, e da carioca Ilma Faria, separados pelo ciúme, pelas diferenças raciais e, por fim, pelo horror da Segunda Guerra Mundial. Mas o amor tudo vence.