Estes ensaios cobrem uma vasta gama de temáticas e disciplinas. O que os torna solidários é, em primeiro lugar, sua preocupação teórico-metodológica e, mais especificamente, com a problemática da filosofia das ciências. Em segundo lugar, une-os uma tomada de posição racionalista, em combate contra diversas posturas irracionalistas correntes na atualidade: a concepção de um universo contingente no qual reinariam unicamente o acaso e as probabilidades; o desprezo ou o rechaço de noções fundamentais para a explicação do social, como a de forças produtivas, sob o pretexto falacioso de evitar o “tecnicismo” ou o “economicismo”; a crença numa “razão simbólica” vista como natureza humana que se auto-explica, ou em “regras de organização dos discursos” desencarnadas, sem articulação histórico-social; uma História que se pretende “nova” e se dedica a uma dissolução reacionária dos objetos históricos pertinentes, partindo do postulado de que as totalidades sociais não são explicáveis