CURRÍCULO PIPIPÃ
POSSIBILIDADES E TENSÕES DE UMA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA ESPECÍFICA E DIFERENCIADA NO SERTÃO DE PERNAMBUCO
Description:... É com alegria que atendo o generoso convite de Luiz Carlos para escrever o prefácio deste livro. Como seu orientador no curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea da UFPE, pude acompanhar sua trajetória acadêmica nos últimos três anos e testemunhar seu crescimento como pesquisador, revelando-se a cada dia um investigador competente e comprometido com o tema pesquisado. Por esse motivo, posso assegurar que as informações contidas nesta publicação são resultantes de estudos orientados por critérios acadêmicos e validados pelo programa de pós-graduação ao qual o autor esteve vinculado durante o período de realização da sua pesquisa, cujos resultados prestam uma contribuição relevante ao povo Pipipã.
Ao longo da história, os povos ameríndios vêm utilizando-se das mais variadas estratégias para confrontarem o projeto colonizador europeu, genocida e etnocida, que se implantou no continente americano a partir de 1492. Estas estratégias incluem tanto as resistências armadas, quanto negociações e ocultação de suas identidades. Héctor Bruit, a partir de seus estudos sobre a conquista espanhola, identificou que a resistência silenciosa passou a ser adotada pelos povos originários após uma sucessão de derrotas militares, dessa forma, puderam assegurar a sobrevivência física daqueles que sobreviveram aos sucessivos massacres. Processo semelhante foi vivenciado pelos povos indígenas no Brasil. Na região nordeste, cujas populações indígenas se constituíram nas primeiras vítimas da invasão portuguesa, em determinado momento histórico, uma grande quantidade de povos também fez uso da Invisibilização como forma de resistir, razão pela qual muitos deles foram considerados extintos até o século passado.
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