Os dados arqueológicos sugerem que a domesticação do gato (Felis silvestres catus) pode ter ocorrido há 8.700 anos, em Jericó, e 9.500 anos, em Creta. A aproximação do gato à habitação humana, em comensalismo, surge com o desenvolvimento de estoques de cereais selvagens criados há 21.000 anos no Oriente Próximo, anterior à agricultura, criando as condições para a presença de camundongos, ratos e pardais, já atraídos há muitos anos. Entre as seis subspécies de Felis silvestres, a F. silvestres catus é a sexta e mais recente subespécie, aproximando-se de 500 milhões de indivíduos no mundo, número maior que a dos cães segundo o Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (International Fund for Animal Welfare). O gato doméstico tornou-se um dos mais importantes animais de companhia, mérito que demanda a formação profissional e a educação continuada. A Escola de Veterinária da UFMG e o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais têm a satisfação de encaminhar à comunidade veterinária e de zootecnia mineira um volume dos Cadernos Técnicos inteiramente destinados à Medicina Felina. Embora artigos a respeito de felinos tenham sido produzidos em edições anteriores, este é o primeiro Caderno Técnico temático a reunir textos exclusivamente sobre a saúde de gatos. O presente número, sob a coordenação e preparado por professores e especialistas, discorre de forma atualizada sobre pontos relevantes para o paciente felino, incluindo acupuntura, choque circulatório, dermatites parasitárias, esporotricose, manejo do paciente, nefrologia e obesidade. Consolida-se a parceria e o compromisso entre as duas instituições com relação à Educação Continuada da comunidade dos médicos veterinários e zootecnistas de Minas Gerais. Deseja-se que este volume exerça uma contribuição contínua, como um manual de consulta na rotina profissional na área de Medicina Felina.
Prof. Nelson Rodrigo da Silva Martins - CRMV-MG 4809
Editor dos Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia